Planejamento Semana do Estudante

Escritores da Liberdade

Ensino Fundamental Anos Finais ao Ensino Médio

Apresentação aos alunos: Conectando nossas histórias

Olá a todos! Hoje vamos assistir a um filme que nos mostra como a educação pode ser a chave para a liberdade e para a união entre as pessoas. Escritores da Liberdade é um filme que nos convida a refletir sobre o poder da escrita e da empatia. Vamos acompanhar a história de uma professora que, ao invés de desistir de seus alunos, decide usar a literatura e a troca de experiências como ferramentas para construir pontes entre eles. Veremos como o simples ato de compartilhar nossas histórias pode mudar nossa perspectiva sobre nós mesmos e sobre o mundo ao nosso redor. O filme nos ensina que, independentemente de nossas diferenças, somos todos parte de uma mesma história, e que a nossa voz é uma ferramenta poderosa para a transformação.

Habilidades da BNCC Alcançadas

As atividades propostas neste planejamento estão alinhadas a diversas competências gerais da BNCC, com destaque para as áreas de Linguagens e Projeto de Vida.

Competência Geral 1 (Conhecimento): Compreender e analisar criticamente o filme como uma forma de linguagem e representação cultural.

Competência Geral 2 (Pensamento Científico, Crítico e Criativo): Exercitar o pensamento crítico ao questionar e analisar as problemáticas sociais e emocionais presentes na narrativa.

Competência Geral 4 (Comunicação): Utilizar a escrita e a fala para expressar ideias e sentimentos de forma clara, coesa e com respeito à diversidade de opiniões.

Competência Geral 6 (Trabalho e Projeto de Vida): Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais, compreendendo como as escolhas de vida podem impactar a comunidade.

Competência Geral 8 (Autoconhecimento e Autocuidado): Conhecer-se e valorizar-se ao compartilhar suas histórias e emoções, desenvolvendo a empatia e o respeito pelas narrativas dos outros. O propósito final deste plano de aula é que os alunos compreendam que a educação é um ato de coragem e de liberdade. Que, por meio da empatia e da valorização de suas próprias histórias, eles possam se tornar protagonistas de suas vidas e agentes de transformação em suas comunidades.

Atividades Propostas

1. Sistematização e Reflexão Individual:

Após a exibição do filme, os alunos deverão responder às seguintes perguntas por escrito:

1.Qual foi a mudança mais significativa que você percebeu nos alunos da professora Erin?

2.Se você tivesse a oportunidade de escrever um diário como o deles, sobre o que você escreveria?

3.Assim como a professora Erin, o que você acha que é mais importante em um professor? Qual a característica que mais te inspira?

2. Práticas de Desenvolvimento Socioemocional

• Círculo de Diálogos: Os alunos, sentados em círculo, terão a oportunidade de compartilhar suas impressões sobre o filme e as respostas das perguntas. O professor será o mediador, garantindo um ambiente seguro e respeitoso. O foco desta atividade é trabalhar a empatia (ao ouvir as histórias dos colegas), a comunicação não violenta e o respeito à diversidade.

• Meu Diário da Vida: Os alunos serão desafiados a escrever um texto em primeira pessoa, como se fosse um diário, contando um evento significativo de suas vidas. O professor deve assegurar o sigilo total, permitindo que a escrita seja um espaço seguro para a expressão de emoções e sentimentos. Ao final, alguns alunos podem se voluntariar para compartilhar trechos de seus textos, se sentirem confortáveis.

3. Vivências Lúdicas e Interdisciplinaridade "Nossa Linha do Tempo"

Em grupos, os alunos vão pesquisar sobre eventos históricos importantes que ocorreram na mesma época em que o filme se passa. Eles deverão criar uma linha do tempo visual que combine a história do filme com os eventos reais, como guerras, movimentos sociais e conquistas tecnológicas.

Integração com outras disciplinas:

História: Aprofundar o estudo dos conflitos raciais nos EUA e a história de Anne Frank e o Holocausto.

Artes: Criar um "mural da esperança" com colagens, desenhos e frases inspiradoras sobre o filme.

Sociologia: Discutir o conceito de preconceito, estereótipo e como o respeito à diversidade é fundamental para uma sociedade justa.

Texto base

O Mundo do Filme: Histórias reais, desafios e superação

Baseado em uma história real, o filme se passa em uma escola de Long Beach, na Califórnia, no meio de tensões raciais e violência. A professora Erin Gruwell, cheia de idealismo, chega a uma sala de aula de alunos que já foram rotulados como “casos perdidos”. Eles vêm de origens diferentes, alguns fazem parte de gangues rivais, e a desconfiança e o preconceito são enormes. No início, eles não se importam com a escola, e muito menos com a professora. Mas Erin, com sua paixão pela literatura e sua persistência, decide quebrar essas barreiras. Em vez de impor o currículo tradicional, ela propõe um desafio: que cada um escreva um diário sobre suas vidas.

O diário se torna uma ferramenta de libertação para os alunos. Nesses cadernos, eles podem escrever sobre seus medos, suas perdas, suas experiências com a violência e suas esperanças, sem o medo de serem julgados. A professora os faz ler histórias como a de Anne Frank, uma jovem que, em meio ao horror da Segunda Guerra Mundial, usou seu diário para registrar seus sentimentos. Ao conhecer essa história, os alunos percebem que não estão sozinhos em seus sofrimentos e que suas histórias têm valor. Aos poucos, as barreiras de ódio e preconceito começam a cair. Eles se veem como iguais, não mais como inimigos. O filme nos mostra a importância de olhar além das aparências. A princípio, os alunos só viam uns aos outros como membros de gangues rivais, com base em estereótipos. A professora os ensina a ver a história por trás de cada pessoa, a enxergar suas feridas e seus sonhos. Isso é algo que podemos aplicar no nosso dia a dia, tanto na escola quanto fora dela. Quantas vezes julgamos alguém sem conhecer a sua história? O filme nos convida a ser mais empáticos, a ter a coragem de ouvir e a valorizar a narrativa de cada indivíduo como única e importante.

Além de destacar o papel transformador da educação, Escritores da Liberdade é um lembrete de que a perseverança de um professor pode fazer a diferença na vida de muitos alunos. Erin Gruwell não se encaixou no padrão da escola e teve que lutar contra a resistência da própria diretoria. Ela comprou os cadernos, os livros e organizou atividades extracurriculares com o próprio dinheiro. Ela acreditava em seus alunos quando ninguém mais acreditava. A atitude de Erin nos inspira a não desistir de nossos objetivos, a defender nossas convicções e a lutar por aquilo que acreditamos ser justo, mesmo que o caminho seja difícil.

Após assistirmos o filme e lermos o resumo dos seus principais tópicos, responda às seguintes perguntas por escrito:

• Qual foi a mudança mais significativa que você percebeu nos alunos da professora Erin?

• Se você tivesse a oportunidade de escrever um diário como o deles, sobre o que você escreveria?

• Assim como a professora Erin, o que você acha que é mais importante em um professor? Qual a característica que mais te inspira?